Editorial

Dia Consciência Negra – As figuras por trás das conquistas.

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Dia Consciência Negra – As figuras por trás das conquistas.

Dia Consciência Negra – As figuras por trás das conquistas.


O Dia da Consciência Negra é a data em que a história e cultura do povo negro no Brasil são exaltadas. É a data em que homenageamos Zumbi dos Palmares, líder do maior quilombo das Américas, que lutou contra a escravidão durante 20 anos. 

Refletir sobre este dia é importante para resgatar e valorizar a história do povo negro, fundamental para a formação da cultura brasileira como um todo.

O Dia da Consciência Negra é a oportunidade perfeita para ponderarmos sobre a importância da igualdade racial e da luta contra o racismo. É dia de olharmos para dentro, para fora, para o passado e para o futuro, sem esquecer, também, de todas as figuras que nos trouxeram até aqui.

Pensando nisso, separamos algumas figuras que nem sempre são lembradas, mas merecem igual reconhecimento por suas lutas e conquistas. Se liga:


Glória Maria


Glória Maria Matta da Silva nasceu em 15 de agosto de 1949, no Rio de Janeiro. Foi a primeira repórter negra a trabalhar na televisão brasileira, e também a primeira a apresentar o Jornal Nacional, o principal telejornal do país.

Em sua carreira de mais de 50 anos, Glória Maria cobriu grandes eventos nacionais e internacionais, como a Guerra do Vietnã, a queda do Muro de Berlim e a Guerra do Golfo. Também apresentou programas de sucesso, como o Fantástico e o Globo Repórter.

Glória Maria foi uma pioneira na televisão brasileira, e suas conquistas inspiraram gerações de mulheres negras. Ela foi uma voz importante na luta contra o racismo e a desigualdade, e sua história é um exemplo de determinação e superação.


Enedina Alves

Enedina Alves Marques nasceu em Curitiba, no Paraná, em 13 de janeiro de 1913. Foi a primeira mulher a se formar em engenharia no Paraná e a primeira engenheira negra do Brasil.

Enedina enfrentou muitos desafios para realizar seu sonho de se tornar engenheira. Ela era filha de um lavrador e uma empregada doméstica, e teve que trabalhar duro para conseguir pagar os estudos. Também enfrentou o preconceito racial, que era muito forte na época.

Apesar de todos os obstáculos, Enedina se formou em engenharia civil pela Universidade Federal do Paraná em 1945. Ela trabalhou como engenheira no Departamento de Água e Energia do Paraná, e também foi professora de engenharia na Universidade Federal do Paraná.


Abdias Nascimento

Abdias Nascimento nasceu em Franca, São Paulo, em 14 de março de 1914. Foi um ator, dramaturgo, poeta, político, ativista pelos direitos civis e humanos e pan-africanista.

Abdias Nascimento foi um dos fundadores do Teatro Experimental do Negro (TEN), em 1944, a primeira companhia teatral negra do Brasil. O TEN teve um papel fundamental na luta contra o racismo e na promoção da cultura negra.

Abdias Nascimento também foi um importante ativista político. Ele foi deputado federal de 1983 a 1987 e senador de 1997 a 1999. Na política, lutou pela igualdade racial e pela defesa dos direitos humanos.

Em 2004, Abdias Nascimento fundou o Museu de Arte Negra (MAN), o primeiro museu dedicado à arte africana e afro-brasileira no Brasil. O MAN é um importante espaço cultural e educativo que promove a cultura negra e a luta contra o racismo.

Abdias Nascimento morreu em 23 de maio de 2011, aos 97 anos. Ele foi um dos maiores ativistas pelos direitos civis e humanos do Brasil, e sua obra teve um impacto significativo na luta contra o racismo e na promoção da igualdade racial.

 

A luta não para por aí!

 

A história do povo negro no Brasil é rica e diversa, e é importante lembrarmos das figuras que lutaram e continuam lutando por igualdade e justiça. Glória Maria, Enedina Alves e Abdias Nascimento são apenas alguns exemplos de pessoas que nos inspiram e nos motivam a seguir em frente na luta contra o racismo.

Ao conhecermos a história dessas pessoas, podemos nos conscientizar sobre a importância da luta contra o racismo e da promoção da igualdade racial. É importante lembrar que o racismo ainda é uma realidade no Brasil, e que precisamos continuar trabalhando para construir uma sociedade mais justa e igualitária para todos.

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